Após a morte, os humanos são mandados para o céu ou o inferno. Mas alguns acabam indo parar no Quindecim, um bar onde um bartender misterioso de cabelos brancos, chamado Decim, trabalha. Todos que vão parar nesse lugar são desafiados a jogar vários tipos de jogos mortais, nos quais suas verdadeiras personalidades são testadas ao limite, e reveladas, sendo que no final, é decidido pelo árbitro se os participantes irão para a voltar para terra ou terem suas almas enviadas para o vácuo.
O nome desse anime é Death Parade, e teria uma premissa simples e direta, se não fosse um problema, os juízes não são perfeitos e oniscientes. Mas porque isso importa? Porque sem isso eles não tem a capacidade de perceber a real natureza de cada alma e o sistema acaba sendo injusto.
E assim como o mundo é injusto, o pós-mundo também se torna. Portanto, seria inútil buscar uma resposta dentro desse mundo construído, com as regras que ele tem. Qual é o ponto de Death Parade então?

Muitos dos que passaram pelos julgamentos se arrependem do que quer que tenham feito de errado durante a vida ou depois dela. Adúlteros, assassinos, suicidas, pais que negligenciaram seus filhos, quaisquer que sejam seus pecados eles se apercebem disso.
Porque é da natureza caída cometer erros, as vezes erros terríveis, mas também nos é dada a oportunidade do arrependimento. O que o tribunal faz bem não é tanto mostrar a natureza de cada pessoa, mas mostrar todo o potencial que o ser humano tem. Se nossos pecados passados nos fossem revelados publicamente e nos fosse dada a chance de voltar ao passado e desfaze-los será que não faríamos isso?
Ser humano então não é sofrer por erros do passado, mas o maravilhoso potencial de ter um futuro glorioso. O mundo vai continuar julgando hipocritamente, e ele deveria ser diferente, mas não é. Em um mundo injusto, viver seria sofrer… Porém em sua injustiça, o sofrimento, como todos os sentimentos, é uma parte indispensável da experiência humana.
Se o nosso Senhor passou por todas as aflições e as venceu, então nós podemos plenamente apreciar a felicidade de viver mesmo com elas, sabendo que até sem merecer o céu ao sermos julgados, por meio do seu sacrifício nós o receberemos, e isso basta.